Carta de gratidão.

Ah,se ouvirdes de mim um suspiro,Deus pode até atirar um granizo disfarçando com a chuva...Tome tento menina burra!

Na verdade essa história é sobre amor,muito amor mas não no presente eu te amo,mas bem no passado eu te amei,assim do jeito bonito que a gramática classifica e eu estou aqui pra provar,pretérito perfeito.
Esses dias andando no metrô quase cochilando eu pensei bem em mim e que no caso me remeteu a você,lembrei do cheiro,de como era seu cabelo quando a luz tocava,dos motivos que acabei gostando tanto e que amor não é algo que nasce nos corações é um sentimento que se cria que sinto no cérebro e acredito mesmo.Me lembrei de centenas de episódios,alguns bem conturbados que agora no ponto que estamos só agregou a nossa história,a histeria do verão a compulsão pelo inverno,as transições de outono e o renascer na primavera.
No fundo,hei de sempre ser eu,guiada por minhas vontades e dedicada as minhas razões.No meu drink hoje tem três pedras de gelo,uma bebida que se não for de boa qualidade deixa resíduo no copo e gosto mesmo de perceber uma parte de mim que você tem e uma parte tua que pensando que não,mas também guardei.

E disse antes e volto a dizer:

- Ninguém é você pra mim.

(tendo em vista que o você é um objeto de constante alteração).


Veja,sou eternamente grata por tudo satisfações e descontentamentos,a doçura nos atos,ou a ousadia de pensamento,dos faróis que atravessamos correndo,dos lugares sujos,dos lugares chiques,das besteiras que gritamos de madrugada na rua,do que é proibido,do que é liberado,do lúdico momento de estar do seu lado,de tentarmos,de cansarmos,de olharmos,de sentirmos,de termos prezado pelo bem estar em comum,no que foi segundos ou meses o importante é que o que a gente vive ninguém tira.

Só se vê bem com o coração;



essa carta não foi datada porque há de servir para todos os meus amores,os que foram e os que virão...