sábado, 6 de julho de 2013

Lembrança de um dos últimos cigarros.

Tem tido dias difíceis, não vou negar. Mas vou contar uma das últimas lembranças de um dos últimos cigarros. Me lembro que ainda não era julho mas fazia frio como se o inverno tivesse chegado um pouco antes do tempo e eu estava sentada na beira da cama e você me abraçou, me segurou bem firme e começou a chorar eu senti suas lágrimas escorrendo pelas minhas costas, eu sabia o motivo do choro, eu sabia que era culpa minha, o cigarro estava pela metade e eu disse,não chora!

- Não consigo.
Um silêncio bem maldoso ficou espalhado pela cama toda, eu só ouvia seus suspiros bem fundos e aquele soluço de choro... Eu pensei em todos momentos bons que passamos e pensei que eles só aconteceriam novamente na minha memória,me senti muito culpada por não poder mais retribuir, mas olhei bem pra você, fiz você parar de chorar, enxuguei suas lágrimas e você borrou todo lençol com maquiagem, fiz você deitar, queria me virar e não olhar mais para o seu rosto, queria levantar e ir embora,o cigarro eu nem percebi já tinha acabado e joguei no chão do quarto mesmo e seus soluços quase engatando um novo choro me deu muita vontade de te bater, de gritar,sei lá... ahh que agonia, eu nunca te amei. Odeio essas coisas sentimentos de mentira, me odiei muito por isso, por ter feito você perder seu tempo, seu amor comigo,tudo! Eu lamento de verdade.

Mas você dormiu quando te abracei. Você precisa de segurança e eu de certeza e que foi te tirada uma parte da vida extremamente importante que é justamente a que estou vivendo agora ,enfim, provoquei uma situação horrível você acordou e conversou comigo, terminamos, na verdade deixei você terminar, ainda não aprendi a fazer  isso eu tenho medo de machucar as pessoas ainda... E esse é um dos meus mais graves erros eu tolero o pior dos relacionamentos esperando pelo termino, mas nunca consigo terminar.

Mas, não... nessa história não tem mas, acabou e apenas acabou. Essa é uma das lembranças dos últimos cigarros que tem também gosto de sal do choro dela.

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suave mano,nem sei quem tu é

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